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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Será?

Uma das coisas que mais me deixa inquieta, é não saber ao certo o que me espera num futuro tão próximo quanto o presente que eu insisto em deixar de perceber.
Que consequências virão, depois de tomadas as minhas escolhas?
Serão as escolhas certas?
Eu deveria repensar?
Eu deveria ficar com medo de me arrepender, ou apenas me arrepender das coisas que deixei de fazer?
E se eu pudesse voltar ao passado, mudar completamente algumas de minhas atitudes, faria alguma boa diferença?
Não sei.
E o simples fato de não saber, é motivo suficiente para assassinar uma noite de sono.
O simples fato de que o futuro pode ser pior do que o que eu acredito que será, é o suficiente para que eu fique em um estado emocional desconcertante.
Talvez seja apenas perda de tempo refletir sobre tudo o que virá ou o que foi ou, principalmente, pelo o que ESTÁ SENDO.
Creio que o meu maior temor diante de todas essas possibilidades, é a possibilidade de não sobrar mais alguma possibilidade.
Devo dizer que isso é confuso?
Certamente, sim.Muito confuso.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Em um mórbido domingo...

O que seria a morte? O fim ou o início de tudo?
Não sabemos.
Devo dizer que ontem foi um dia extremamente mórbido para mim. Mesmo com o tempo abafado e úmido de Porto Alegre, eu insisto em deixar o único feixe de luz disponível do meu quarto fechado, enquanto lia o maravilhoso livro “entrevista com o vampiro” da incrível escritora Anne Rice. Enquanto passava meus olhos famintos por suas imensuráveis páginas aterrorizantes, uma falha existencial gritava no íntimo do meu ser. A crise que vem de surpresa, chegando de vagar, sempre que necessária. E então aconteceu. O desejo pelo descanso eterno derrubou-me como uma peça de dominó ao ser tocado por suas colegas em cascata.
Acertou em cheio a minha razão e trouxe consigo a tortura denominada solidão; Essa por sua vez, não deixou que eu me iludisse com pequenas utopias infantis, com as quais estou tão acostumada. Não, não foi esse o tipo de ilusão que aflorou em minha mente. Apenas o vazio e o escuro tomaram conta da minha imaginação.
E eu adormeci. Não sei quanto tempo levou, mas creio que não tenha sido mais que pequenos e belos vinte minutos. Após o pequeno intervalo lúgubre em que o inconsciente ousou roubar minha percepção, eis que eu acordei tão monótona e solitária quanto estava antes.O desejo insano de morte ainda gritava aflorado em minha pele, devorando cada possibilidade de alegria que pudesse nascer.
Sinceramente, eu ainda estou sob o impacto daquele terrível momento que me abateu em pleno domingo, ao som da voz de Fausto Silva que invadia as paredes do meu quarto e me lembrava incessantemente que havia vida fora do sombrio no qual me encontrava. E mesmo após uma bela noite de sono e uma manhã repetitiva de segunda- feira, eu ainda não consigo descrever o que realmente acontecera.Não sei encontrar a origem de tal sentimento, tampouco lembro de ter sentido algo tão estranho quanto o que senti ontem.
É talvez eu deva parar de ler livros da Anne Rice.